A fidelidade partidária, não pode ser tratada isoladamente como tem sido feita até aqui. Ela deve vir no âmbito de uma reforma política séria, onde os Partidos devem ser realmente Partidos, com programas e idéias. Os programas atuais são maravilhosos, priorizam a  saúde, educação, etc. São lindos e todos parecidos no papel..  Jamais seus programas são colocados em prática. São levados  pelos seus pseudo-líderes regionais e alguns nacionais. Fora dessas lideranças discutíveis, retrógradas, tais legendas não existem. Embora não seja adequado, neste cipoal de interesses,. não é de todo  errado que o eleitor, busque um candidato identificado consigo próprio e que tenha compromisso com a moralidade e com a ética. Infelizmente, este voto também é exceção. O eleitor, em sua maioria,  vota no assistencialismo, no paternalismo, no fisiologismo e na demagogia.  O poder econômico aumenta suas bancadas no Congresso Nacional.  Está falida a chamada democracia representativa. É difícil dizer isso, mas é o que acontece. Na raiz do problema, existe uma situação real, o presidencialismo, que equivocadamente, partidos chamados progressistas defenderam no último plebiscito.  No sistema presidencialista, o presidente é um verdadeiro monarca. Com poderes absolutos. E quando caímos em mãos despreparadas a situação piora muito. Julgam-se acima do bem e do mal, manipulam descaradamente o Poder Legislativo, com barganhas desavergonhadas, como liberação de emendas, preenchimento de cargos importantes, geralmente para fazer caixa para as campanhas eleitorais.  A população não tem  controle sobre os poderes da República. Elege e fica à margem dos três Poderes que não prestam contas de seus atos. Vivemos um presidencialismo retrógrada, a espera de iluminados, que são apenas instrumentos do poder econômico e sobrevivem de seus apetites mesquinhos e pessoais.

 

 

 Antonio Calixto advogado e professor de Ciência Política

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